quarta-feira, 29 de junho de 2022
Santo Antônio, São João e São Pedro - histórias dos santos juninos
Junho é mês de quentão, quadrilha e de celebrar Santo Antônio, São João e São Pedro. Conheça a história de cada um.
Canjica, arroz-doce, quentão… Além de comidas e brincadeiras típicas, a comemoração é uma tradição católica em que são celebrados os dias de São João, Santo Antônio e São Pedro. Mas até quem não segue a religião pode aproveitar os festejos e caprichar nos pedidos e simpatias.
Festa Junina: origem e tradição
Comemorar o mês
de junho é um hábito antigo em várias partes do mundo. Antes do nascimento de
Jesus, os povos pagãos do Hemisfério Norte celebravam o solstício de verão, o
dia mais longo e a noite mais curta do ano, que, lá, acontece em junho. As
festas ocorriam para pedir aos deuses a fertilidade da terra e garantir boas
colheitas nos meses seguintes. Com o avanço do Cristianismo, a Igreja
incorporou a tradição e, no século VI, os ritos da festa do dia do solstício,
em 21 de junho, passaram para o dia do nascimento de São João Batista, em 24 de
junho. Mais tarde, no século 13, foram incluídas no calendário litúrgico as
datas comemorativas de Santo Antônio (dia 13) e São Pedro (dia 29). É por isso
que esses três santos são os padroeiros das festas juninas!
Santo Antônio, o casamenteiro
Nasceu em Lisboa,
em 1195, e foi batizado com o nome de Fernando de Bulhões. Em 1220 trocou o nome
para Antônio, ingressando na Ordem Franciscana. Padroeiro dos pobres e
considerado o santo casamenteiro, também é invocado para achar objetos
perdidos.
Fernando seguiu para o atual Marrocos para desenvolver trabalho missionário, mas sua saúde não se adaptou ao clima africano. Doente, voltou à Europa, dessa vez na Itália, e se curou. Nesse período, demonstrou grande talento para a oratória, além de grande conhecimento da Bíblia. Seus sermões impressionavam tanto os intelectuais quanto as pessoas simples.
Seu carisma conquistava multidões, mas sua saúde, porém, continuava frágil e ele morreu em 13 de junho de 1231, sendo canonizado no ano seguinte. Santo Antônio está enterrado em Pádua, na Itália, e sobre seu túmulo foi construída uma basílica, que é lugar de grande peregrinação.
O pão de Santo Antônio, que a Igreja Católica oferece no dia 13 de junho, deve ficar guardado com os outros mantimentos na cozinha para que nunca falte comida em casa.
São João Batista, protetor dos doentes
Mais
conhecido como São João apenas, ele tem um diferencial dos outros: enquanto
comemora-se no dia de sua morte, com ele a data é de seu nascimento, que teria
sido em 24 de junho de ano desconhecido.
João Batista foi profeta e precursor de Jesus Cristo. Era filho de Zacarias, um sacerdote de Jerusalém, e de Isabel, parente da mãe de Jesus. Ele apareceu como pregador itinerante no ano de 27 d.C. e aqueles que confessavam seus pecados eram por ele lavados no rio Jordão, na cerimônia do batismo. Até o próprio Jesus foi batizado lá.
A região que São João usava para os batismos é tão importante que Israel e a Jordânia disputam a posse do local exato do rio até hoje, já que isso atrai uma imensa quantidade de peregrinos e turistas.
Em certa época, São João passou a ser perseguido e foi atirado na prisão por haver censurado o rei Herodes Antipas, quando este se casou com Herodíades, a mulher de seu meio-irmão. De acordo com a Bíblia, Herodes prometeu à jovem Salomé, filha de Herodíades, o que ela lhe pedisse, depois de ficar hipnotizado ao vê-la dançar. Instigada pela mãe, Salomé pediu a cabeça de João Batista, que lhe foi entregue numa bandeja. O triste episódio teria ocorrido em 29 d.C.
Diz a Bíblia que foi ele quem batizou Jesus. É o mais famoso dos três santos de junho, tanto que as festas juninas são conhecidas como festas joaninas ou festas de São João. É protetor dos casados e enfermos, protegendo contra dor de cabeça e de garganta.
São Pedro, dono da chuva
Nascido com o nome de
Simão, foi chamado de Cefas (pedra, em aramaico) por Jesus, por sua liderança.
É visto como o primeiro papa da Igreja, e, segundo a tradição católica, foi
nomeado chaveiro do céu. É atribuída a ele a responsabilidade de fazer chover e
mudar o clima.
São Pedro era um pescador no mar da Galiléia, casado. Irmão de Santo André, os dois foram chamados por Cristo para se tornarem “pescador de homens”. Seu nome original era Simão, mas Jesus deu-lhe o título de Kephas, que, em língua aramaica, significa “pedra”, e cujo equivalente grego tornou-se Pedro.
O nome surgiu quando Simão declarou “Tu és Cristo, o filho de
Deus vivo”, ao que Jesus respondeu “Tu és Pedro e sobre essa Pedra edificarei
minha Igreja”, entregando-lhe as “chaves do reino do Céu” e o poder de “ligar e
desligar”. Os evangelhos dão testemunho da posição de destaque ocupada por
Pedro entre os discípulos de Jesus. No entanto, mesmo assegurando que jamais
trairia Cristo, negou conhecê-lo por três vezes, quando seu mestre foi preso.
Após a ressurreição, Pedro foi o primeiro apóstolo a quem Cristo apareceu e,
depois disso, ele se tornou chefe da comunidade cristã.
Contam que Pedro teria sido crucificado em Roma e pesquisas arqueológicas têm contribuído para confirmar este fato, de que ele foi martirizado a mando de Nero. Dizem ainda que o santo pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, para não igualar-se a Jesus e no local onde foi sepultado, ergueu-se a basílica do Vaticano, mas isso não foi confirmado pelos arqueólogos.
Texto extraído de: http://sintcopepetrolina.org.br/noticia/santo-antonio-sao-joao-e-sao-pedro-historias-dos-santos-juninos/1427
Fonte Imagem: http://sintcopepetrolina.org.br/noticia/santo-antonio-sao-joao-e-sao-pedro-historias-dos-santos-juninos/1427
terça-feira, 28 de junho de 2022
Canoa, canoa desce... pro meio do rio, canoa desde
Na
aldeia Bona, no meio da floresta, o homem faz sua montaria. Nas águas do Paru
D´Este,
a canoa é de extrema importância: é o veículo de comunicação entre as aldeias e também usado em diversas tarefas como carregar a carga que vem das roças longínquas, pesca, caça e as visitas, todos andam de canoa.
Terras Indígenas do Tumucumaque, AP/PA, 2015
a canoa é de extrema importância: é o veículo de comunicação entre as aldeias e também usado em diversas tarefas como carregar a carga que vem das roças longínquas, pesca, caça e as visitas, todos andam de canoa.
Terras Indígenas do Tumucumaque, AP/PA, 2015
Por Renato Soares - Fotógrafo
A canoa sempre
foi um meio de transporte e de trabalho nos rios do Brasil. Em alguns lugares
do Amazonas é chamada de montaria. E alguns personagens dão nomes a
esta embarcação tamanha a afeição e o carinho que têm por ela.
Confeccionada a partir de um único tronco de madeira, pode ser feita de inúmeros tipos de arvores.
Também chamada de piroga, recentemente foi encontrada uma canoa no fundo do Rio Grande, no sul de Minas Gerais. Testes de carbono 14 realizados pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo revelaram que ela foi escavada em um tronco de Araucaria angustifolia, o Pinheiro do Paraná, no ano de 1610. Anterior à chegada dos Bandeirantes.
Cantada por Milton Nascimento em 1978 – Canoa, Canoa -, ela nos leva a navegar as águas do Araguaia e a conhecer os peixes e as lendas daquele rio. No final deste post, incluí a bela letra dessa canção.
A canoa me ajudou a singrar as águas deste Brasil profundo a caminho de muitas aldeias ainda esquecidas e, por vezes, maltratadas.
Com a chegada da tecnologia – com ela, o que vale é a velocidade -, a canoa parece estar a caminho da extinção, tomando o rumo dos museus ou dos livros de História.
Mas, aqui, quero eternizá-la. E, por isso, vou mostrar um pouco do que já vi das canoas, dos rios brasileiros e de seus personagens.
Terras Indígenas do Tumucumaque, entre Amapá (AP) e Pará (PA), em 2015
Na aldeia
Bona, no meio da floresta, o homem faz sua montaria. Nas águas do Paru D´Este,
a canoa é de extrema importância: é o veículo de comunicação entre as
aldeias e também usado em diversas tarefas como carregar a carga que vem
das roças longínquas, pesca, caça e as visitas, todos andam de canoa.
Terras Indígenas do Tumucumaque, AP/PA, 2015
Às margens do rio Paru D´Este, na aldeia Xuxuimene,
o dia amanhece e a presença da canoa é visível na hora do banho.
Terras Indígenas do Tumucumaque, AP/PA, 2015
No rio Paru D`Este, nas Terras indígenas do Tumucumaque, as canoas são usadas diariamente.
Os barcos de alumínio ainda não chegaram por aqui.
Aldeia Jolocomã AP/PA 2015
Detalhe de canoa ainda no processo de feitura. Ela é colocada dentro da água para ir curtindo sua madeira, que fica mais fácil de ser trabalhar para criar suas formas, no Rio Paru D`Este
Terras Indígenas do Tumucumaque, AP/PA, 2015
Nas Terras Indígenas do Xingu (TIX), as canoas e o remo outrora eram usados cotidianamente,mas já faz um tempo que vêm dando lugar às embarcações de alumínio e seus rápidos motores.As canoas ainda são vistas nas lagoas, mas, a cada ano, são mais raras como esta imagem.Lagoa do Ipavu, na Aldeia Kamayurá, Terras Indígenas do Xingu, 2011
Empurrando
a canoa com uma enorme vara, o homem quase desaparece coberto pelas brumas do
amanhecer. No meio da lagoa, ele vai buscar um segredo para que a
comunidade tenha uma boa pescaria.
Sem a canoa silenciosa, o ritual seria impossível de realizar, pois os
motores barulhentos iriam
espantar os peixes na Pyulaga (lagoa dos pescadores), sobre a qual já falei
aqui no blog.
Terras Indígenas do Xingu, Aldeia Waujá, 2016
Os meninos
Waurá saem para pescar na Pyulaga (lagoa dos pescadores).
Desde pequenos, já se habituam com as águas, pois é de lá que vem seu
sustento e a canoa é seu veiculo.
Terras Indígenas do Xingu, Aldeia Waujá, 2016
Pescaria na
Pyulaga (lagoa dos pescadores).
Terras Indígenas do Xingu, Aldeia Waujá, 2016
Canoas na
Pyulaga (lagoa dos pescadores).
Terras Indígenas do Xingu, Aldeia Waujá, 2016
Meu amigo
Takumã Kamayurá pesca na lagoa sagrada do Ipavu.
Terras Indígenas do Xingu, Aldeia Kamayurá, 2011
A noite cai
e as canoas ficam à margem da Pyulaga (lagoa dos pescadores)
para que, ao amanhecer, seja mais rápida a partida para a pescaria.
Terra Indígena Xingu, Aldeia Waujá 2016
No ano de
1991, me embrenhei pelo Amazonas. Fui para a cidade de Tabatinga, no extremo
oeste do Brasil setentrional, e lá retratei esta canoa que passava com um
pescador. Foi um momento mágico,
pois era como se nada ao seu redor houvesse, apenas o Rio
Solimões e suas águas barrentas.
Amazonas, 1991
A família
de botos observa ao longe o canoão que, com seu motor de rabeta,
segue riscando as águas do Rio Negro.
Amazonas, 2011
Na
comunidade de Campina, no Alto e Médio Rio Negro, se as canoas ficam paradas
por alguns dias,
os homens tomam o cuidado de as afundar nas águas para que a madeira não
rache sob o sol.
Amazonas, 2002
Agora, segue a letra da música de Milton Nascimento…
CANOA, CANOA
(Nelson Ângelo/Fernando Brant)
Canoa, canoa desce
No meio do rio Araguaia desce
No meio da noite alta da floresta
Levando a solidão e a coragem
Dos homens que são
Ava avacanoê
Ava avacanoê
Avacanoeiro prefere as águas
Avacanoeiro prefere o rio
Avacanoeiro prefere os peixes
Avacanoeiro prefere remar
Ava prefere pescar
Ava prefere pescar
Dourado, arraia, grumatá
Piracará, pira-andirá
Jatuarana, taiabucu
Piracanjuba, peixe-mulher
Avacanoeiro quer viver
Avacanoeiro só quer pescar
Dourado, arraia e grumatá
Piracanjuba, peixe mulher.
Texto extraído de: https://conexaoplaneta.com.br/blog/canoa-canoa-desce-pro-meio-do-rio-canoa-desce/
Fonte Imagem: https://conexaoplaneta.com.br/blog/canoa-canoa-desce-pro-meio-do-rio-canoa-desce/
🎧 EM...CANTO: Riacho de Areia - Dércio Marques / PALAVRA ENCANTADA: Canto Encantado - Vales, Matas e Terreiros
Canto encantado
De canoa, canoeiro e rio...
Todos descendo... rio-abaixo
Rio, canoeiros e canoas
Vales, Matas e Terreiros
Todos descendo... rio-abaixo
Gente, Bicho e Sentimento
Riacho de Areia
Canto forte, bandeira
De terra, pesqueiro e luar
Canto cravado na pele
nos Terreiros, Matas e Vales
Canto encantado
De Bicho, Sentimento e Gente...
Canto Encantado - Vales, Matas e Terreiros
Frederico do Valle
Fonte Imagem:
http://blogdobanu.blogspot.com/2017/09/chico-canoeiro.html
🎧 .DOC: Viola Encantada - Documentário Intergerações Viola Paulista
"A viola, eu considero ela
meio sagrada, sabe? Tem dia que você não consegue afinar. Aí você pensa que é a
viola que tá ruim e não é. É a gente. E você não afina... Ela não chega... E
tem dia em que você mexeu, tá afinada. É isso."
Depoimento de Henrique Netto, violeiro residente em Limeira-SP, presente no documentário Viola encantada.
Depoimento de Henrique Netto, violeiro residente em Limeira-SP, presente no documentário Viola encantada.
"A viola é pequenininha demais para o tamanho de som que ela produz. Eu defino o som da viola como encantamento. Mesmo que você já toque todo dia, se você pegar ela e afinar, vai ter um encantamento, todo dia".
Depoimento de
Rafael Cardoso, regente do Grupo Raízes de Atibaia, presente no documentário
Viola encantada.
******* Viola encantada traz depoimentos de integrantes do
Grupo Raízes de Atibaia, Orquestra de Viola Brasileira de Atibaia e da
Companhia de Reis São Lucas, de Limeira-SP, que revelam suas relações com o
instrumento e a cultura caipira. Curta resultante dos processos gerados nas
Oficinas de Documentário, Viola e Canção realizadas pelo projeto Intergerações
Viola Paulista em Atibaia e Limeira entre julho e agosto de 2016. Saiba mais em
www.camaraclara.org.br/violapaulista
FICHA TÉCNICA Direção, Fotografia e
Edição: Daniel Choma Direção de Pesquisa e Produção: Tati Costa e Sara Melo
Direção de Pesquisa e Trilha Musical Original: Domingos de Salvi Entrevistados:
Luiz Walter Sabino dos Santos (Geraldinho) Rafael Cardoso Pedro Donato Alves
(Pirane) Henrique Sampaio Netto Ana Paula Borges Tanikado Ruth Rubbo Santos
Reis Antonio Estrada (Toni Estrada) Clausevir Pereira (Tio Vi) Benedito
Aparecido Bernardino (Cidão da Viola) José Maria Felix Luiz Carlos Garcia João
Lejambre Músicas Sina de cantador - Edmundo Villani Cortês Galinha d'Angola -
Ruth Rubbo Paineira - Toni Estrada Meu céu - Zé Mulato e Xavantinho A viola -
Geraldinho Tocando em frente - Almir Sater e Renato Teixeira Folia de Reis
(Pedido) - Moreno e Moreninho Na roça - Domingos de Salvi Encruzilhada -
Domingos de Salvi Chega mais - Gedeão da Viola Pagode do Ála - Carreirinho e
Oscar Tirola Pactário - Domingos de Salvi Paraíso esquecido - Cidão da Viola
Catimbau - Carreirinho e Teddy Vieira É isso que o povo quer - Lourival dos
Santos, Carlos Compri e Tião Carreiro Riachinho - Ruth Rubbo Pó de serra -
Domingos de Salvi Na carreira do Gonçalo - Domingos de Salvi Participantes da
Oficina de Documentário Intergerações em Limeira-SP Fábio Shiraga João André
Brito Garboggini Danilo Denis Crives Maycon Wellington Silva Araujo Átila
Ramirez da Silva Nilton César dos Santos Melo Júnior Dayane Cristina Soldan Lea
Maria de Moraes Hugo Fagundes da Silva Amanda B. Sterzo Marino Mondek Luiza
Maria de Carvalho Participantes da Oficina de Documentário Intergerações em
Atibaia-SP Élsie Monteiro da Costa Euclides Sandoval Gilberto Sant’Anna Juliana
Gonçalves Gobbe Márcio Zago Mario Martho Mele Florio Ruth Rubbo Agradecimentos
Dorotéia Vieira Euclides Sandoval Maria Lourenço Sandoval Grupo Raízes de
Atibaia Orquestra de Viola Brasileira de Atibaia Escola de Lutheria de Atibaia
Élsie Costa, Marcio Zago e equipe do Garatuja Instituto de Arte e Cultura
(Atibaia-SP) Luciana de Oliveira Felix Pedro Euclides Antequera Marcos Fermino,
Robson Trento, Antonio Carlos e equipe da Oficina Cultural Carlos Gomes
Secretaria Municipal de Cultura de Limeira-SP Nazareth Melo Karina Garrido
Fábio Silva Carolina Salvi Débora Salvi Nilton Melo Walfrido de Salvi Santiago
Lourenço João Vitor Lejambre Rosângela Lejambre Ruth Rubbo Santos Reis Villa
Villaça Projeto: Intergerações Viola Coordenação: Tati Costa, Daniel Choma,
Domingos de Salvi e Sara Melo Produção: Câmara Clara e Voamundo Cultural Apoio:
Oficina Cultural Carlos Gomes de Limeira-SP, Instituto Poiesis, Secretaria
Municipal de Cultura de Limeira-SP, Garatuja Instituto de Arte e Cultura,
Escola de Lutheria de Atibaia e Aluthiers Associação de Luthiers do Brasil.
Realização: Proac - Programa de Ação Cultural - Secretaria da Cultura - Governo
do Estado de São Paulo Site do projeto: http://www.camaraclara.org.br/violapaulista
🎧 .DOC: Viola de Reis - Documentário Intergerações Viola Paulista
"As folias são importantes
por que trazem esta bagagem que fortalece as pessoas: Deus vai nascer no nosso
meio, é homem do nosso meio. Então esta esperança, esta expectativa, quem
acompanha as folias percebe. Há muita alegria, há muita emoção... E há também a
expectativa de um mundo melhor."
Depoimento de Wilson Cerqueira, violeiro e coordenador da Companhia de Reis São Lucas, de Limeira-SP, presente no documentário Viola de Reis.
Depoimento de Wilson Cerqueira, violeiro e coordenador da Companhia de Reis São Lucas, de Limeira-SP, presente no documentário Viola de Reis.
"A viola é a madrinha da Folia de Reis". Depoimento de João Carlos Garcia, violeiro da Companhia de Reis São Lucas, de Limeira-SP, presente no documentário Viola de Reis.
"A grandeza da Folia
de Reis é a simplicidade" Depoimento de Zé Maria, violonista da Companhia
de Reis São Lucas, de Limeira-SP, presente no documentário Viola de Reis.
******* O documentário Viola de Reis apresenta personagens e apresentações da
Companhia de Reis São Lucas, de Limeira-SP, abordando a musicalidade, as
simbologias e os significados culturais da Folia de Reis e destacando a
importância da viola caipira neste contexto. Registro resultante dos processos
gerados nas Oficinas de Documentário, Viola e Canção realizadas pelo projeto
Intergerações Viola Paulista em Atibaia e Limeira em 2016. Saiba mais em
www.camaraclara.org.br/violapaulista
FICHA TÉCNICA Direção, Fotografia e
Edição: Daniel Choma Direção de Pesquisa e Produção: Tati Costa, Domingos de
Salvi e Sara Melo Entrevistados Wilson Nunes Cerqueira José Maria de Aguiar
Coelho Luiz Carlos Garcia Pedro Donato Alves “Pirane” Magali de Souza Coelho
Integrantes da Companhia de Reis São Lucas (Limeira-SP) Wilson Nunes Cerqueira
Helena Maria Groppo Cerqueira Gustavo Cerqueira Alves Raquel Groppo Nunes
Cerqueira Osvaldo Eugênio Terezinha de Fátima Ferreira Eugênio Renata Cristina
Eugênio Mendes Junior Cesar Mendes Luzia Pinheiro Henrique Belatlab de Paiva
Luiz Carlos Garcia Neusa Benedita de Oliveira José Carneiro da Silva José
Soares João De Souza Pedro Donato Alves (Pirane) Leonilda Facione Pires Leandro
Pfeifer Rodrigo Batista Novo Vanessa Muniz José Maria de Aguiar Coelho Magali
de Souza Coelho Maria José Zimbres Lucas Barel Participantes da Oficina de
Documentário Intergerações em Limeira-SP Fábio Shiraga João André Brito
Garboggini Danilo Denis Crives Maycon Wellington Silva Araujo Átila Ramirez da
Silva Nilton César dos Santos Melo Júnior Dayane Cristina Soldan Lea Maria de
Moraes Hugo Fagundes da Silva Amanda B. Sterzo Marino Mondek Luiza Maria de
Carvalho Agradecimentos especiais a Dorotéia Vieira Lucas Barel Tatiana Zalla
Leandro Pfeifer Euclides Sandoval Maria Lourenço Sandoval Élsie Costa e Marcio
Zago (Instituto Garatuja) Marcos Fermino, Robson Trento, Antonio Carlos e
equipe da Oficina Cultural Carlos Gomes de Limeira-SP Secretaria Municipal de
Cultura de Limeira-SP Nazareth Melo Karina Garrido Fábio Silva Carolina Salvi
Débora Salvi Nilton Melo Walfrido de Salvi Santiago Lourenço Ruth Rubbo Santos
Reis Villa Villaça Projeto: Intergerações Viola Coordenação: Tati Costa, Daniel
Choma, Domingos de Salvi e Sara Melo Produção: Câmara Clara e Voamundo Cultural
Apoio: Oficina Cultural Carlos Gomes de Limeira-SP, Instituto Poiesis,
Secretaria Municipal de Cultura de Limeira-SP, Garatuja Instituto de Arte e
Cultura, Escola de Lutheria de Atibaia e Aluthiers Associação de Luthiers do
Brasil.
Realização: Proac - Programa de Ação Cultural - Secretaria da Cultura -
Governo do Estado de São Paulo Site do projeto: http://www.camaraclara.org.br/violapaulista
🎧 .DOC: O toque do violeiro - Documentário Intergerações Viola Paulista
“ A gente tem que descobrir o
Brasil. Descobrir significa tirar o que está em cima. Por que estão jogando
tanta coisa... Joga, joga, joga. E a gente tem uma riqueza muito grande que
precisa ser descoberta, para trazer ela de volta. ”
Paulo Freire, violeiro e
compositor residente em Campinas-SP, presente no documentário O toque do
violeiro.
* Com 31 minutos de duração, O toque do violeiro é um dos cinco
curtas resultantes do projeto Intergerações Viola Paulista – Etapa Campinas,
que apresentam entrevistas e performances musicais com os violeiros Tião
Mineiro, João Arruda, Paulo Freire, João Paulo Amaral, Renival Cruz, Marcos
Ricardo, Candeeiro, Thiago Rossi, Messias da Viola e a dupla Joãozinho e
Geraldinho.
Audiovisual editado a partir dos registros gerados nas oficinas de
documentário do projeto Intergerações Viola Paulista – Etapa Campinas, uma
realização do Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo e Governo do
Estado de São Paulo – Secretaria da Cultura, produzido por artistas e
pesquisadores do Instituto Câmara Clara e do Instituto Voamundo, com o apoio do
Museu da Cidade, Secretaria de Cultura e Prefeitura de Campinas, e do Centro
Cultural Casarão. Mais informações: www.camaraclara.org.br/violapaulista
FICHA
TÉCNICA Título: O toque do violeiro. Ano: 2017 | Duração: 31 minutos. Direção,
Câmera e Edição: DANIEL CHOMA Direção de Produção: TATI COSTA e SARA MELO
Direção de Pesquisa Musical: DOMINGOS DE SALVI Finalização de Áudio: PAULO
LAHUDE COSTA FRANCO Câmera Adicional: MARCOS FRANCO MOSCHETTI Músicas: BATISMO
DE CATIRA (TIÃO MINEIRO) BORA LÁ (PAULO FREIRE) PANTANAL (JOÃO PAULO AMARAL)
TOQUE DA INHUMA (DOMÍNIO PÚBLICO - ADAPTAÇÃO MANOEL DE OLIVEIRA) TOQUE DE FOLIA
DE REIS (DOMÍNIO PÚBLICO) CANELA E CANDEIA (JOÃO MENDES RIO E JOÃO ARRUDA) RIO
CAI (GUGA CACILHAS E JOÃO ARRUDA) DOCES LEMBRANÇAS (GERALDINHO) IMPROVISO DE
CATIRA (JOÃO PAULO AMARAL) Entrevistados: Tião Mineiro João Arruda Paulo Freire
João Paulo Amaral Candeeiro Renival Cruz Marcos Ricardo Thiago Rossi Messias da
Viola Joãozinho & Geraldinho Participantes da Oficina de Documentário em
Campinas-SP: ADRIANA BARÃO, ÁTILA RAMIREZ DA SILVA, CÉSAR AUGUSTO PETENÁ,
CLÁUDIA GERONYMO, CLEIDE ELIZEU DA SILVA, EDUARDO DE SOUZA DE OLIVEIRA,
FRANCISCO DE ASSIS VIEIRA, HELOÍSA BERTASOLI, JOÃO ANDRÉ BRITO GARBOGGINI, JOÃO
PAULO AMARAL, LISLEY DE CÁSSIA SILVÉRIO VILLAR, LUIZ FRANCO “CANDEEIRO”, MARCOS
PAULO FRANCO MOSCHETTI, VINÍCIUS RIBEIRO DA CRUZ, YURI ZACRA DA SILVA
Agradecimentos especiais: CENTRO DE CULTURA CAIPIRA E ARTE POPULAR / MUSEU DA
CIDADE / PREFEITURA DE CAMPINAS, GRUPO DE CATIRA SÃO GONÇALO, CENTRO CULTURAL
CASARÃO (CAMPINAS-SP) Coordenação do Projeto Intergerações Viola Paulista -
Etapa Campinas: TATI COSTA, DANIEL CHOMA, DOMINGOS DE SALVI, SARA MELO.
Produzido por: INSTITUTO CÂMARA CLARA e INSTITUTO VOAMUNDO Site:
www.camaraclara.org.br/violapaulista
sábado, 25 de junho de 2022
🎧 ENTREVISTA: Ariano Suassuna e Antonio Nóbrega: os romanceiros ibérico e brasileiro
PROGRAMA LITERATO Ariano Suassuna e Antonio Nóbrega: os romanceiros ibérico e brasileiro
Este programa apresenta o encontro de dois dos mais expressivos e autênticos nomes da cultura nordestina: o escritor, dramaturgo, poeta e gravurista Ariano Suassuna e o pesquisador, músico, dançarino e ator Antônio Nóbrega, abordando o tema Os Romanceiros Ibérico e Brasileiro. Romanceiro é um conjunto de poemas narrativos, unidos por um tema central, onde cada poema é um romance.
Romanceiro, também pode ser entendido como uma coleção de poesias e canções populares de um país ou de uma região que andam na boca do povo.
Mediadora: Eleuda de Carvalho - jornalista.
Programa gravado no auditório do Centro de Convenções do Ceará, durante a 6ª Bienal Internacional do Livro, em Fortaleza-CE, no dia 29/08/2004.
1/6
Ariano Suassuna aborda as características particulares de um romance ibérico, apresentando a diferença entre os diversos tipos de rimas, suas sílabas, bem como as peculiaridades da poesia neste tipo de romance.
2/6
Continua retratando as diferenças do romance ibérico, e fala
sobre a influência do canto gregoriano na música e na literatura brasileira,
suas rimas e sextilhas, inclusive em relação à cultura nordestina. Conclui o
bloco com a interpretação de Antonio Nóbrega no romance Clara Menina.
3/6
Neste bloco Ariano Suassuna trata
sobre os fatos históricos que deram origem ao romance Nau Catarineta, cantado
por Antonio Nóbrega.
4/6
Continua apresentando os fatos históricos e inserindo o
teatro e como os atores trabalhavam com a improvisação dos textos, e a conexão
entre a história, o teatro e a poesia e a cultura nordestina.
5/6
Ariano Suassuna fala sobre a Pedra do Reino, finalizando o
bloco com a interpretação de Antonio Nóbrega do Romance da Filha do Imperador
do Brasil.
6/6
Suassuna inicia apresentando fatos da vida pessoal e o
programa é finalizado com o romance A Morte do Touro Mão de Pau, escrito por
Suassuna em homenagem a seu pai, assassinado em 1930.
sexta-feira, 24 de junho de 2022
PALAVRA ENCANTADA: pa’muñã de São João
Pulei fogueira naquela noite
Noite fria e estrelada
Noite do Sertão
Noite fria e estrelada
Pulei fogueira naquela noite
Era São João
Era dança
Era quentão
Noite fria e estrelada
Era o encontro
Era o outro
No terreiro de meu sertão
Era a roda, o riso e o olhar
Era menino, o calango e a roça
Era roda, o olhar e o riso
No pau de canela, o fim do quentão
De mastros e bandeiras colori aquela noite
Estrelada e fria
Noite do Sertão
A pamonha me lembra aquela noite
Fria e estrelada
Noite de São João
pa’muñã de São João
Frederico do Valle
Pamonha - Patrimônio Brasileiro
O milho é um dos principais ingredientes utilizados para a produção da famosa pamonha, um prato típico da região centro-oeste. O milho é um alimento consumido desde os tempos antigos, pelos povos pré-colombianos e quando os europeus chegaram ao continente encontraram várias espécies cultivadas.
Na culinária do México, por exemplo, o milho é um dos principais ingredientes utilizados na alimentação e nesse país é mais consumido do que no Brasil.
O nome “pamonha” é originada da palavra tupi pa’muñã, que significa “pegajoso”
Com o passar do tempo, o milho foi sendo melhorado, pois é uma planta que possui uma grande variedade de combinações, sendo utilizados para muitas finalidades. Assim, a espécie de milho que se tornou popular no Brasil foi o milho verde que pode ser consumido assado, cozido ou para a produção de receitas diversas, tais como curau, pamonha, sucos, bolos, dentre outras.
Origem da Pamonha
De acordo com Câmara Cascudo, em seu livro a História da Alimentação no Brasil, receitas como pirão, pamonha, canjica, pipoca, dentre outras tiveram origem com os índios brasileiros. E, com a colonização das Américas, os portugueses e africanos foram adaptando e produzindo outras receitas.
O nome “pamonha” é originada da palavra tupi pa’muñã, que significa “pegajoso”; e sua receita faz parte da cultura dos indígenas brasileiros, que foi adaptada ao gosto dos portugueses e africanos; os quais produziram novas formas de preparação da iguaria.
Não existe, exatamente, o local que ela nasceu de fato, mas é um prato muito consumido na região centro-oeste, especialmente no estado de Goiás, onde o alimento encontra-se em mercados, restaurantes, feiras, pamonharias e rodovias. A pamonha também é muito popular em outros estados brasileiros, tais como São Paulo e Minas Gerais, e é adicionada açúcar a massa. Já no Nordeste, é doce e feita com leite de coco.
Modo de fazer
A forma de preparo mais conhecida da iguaria é ralar o milho verde, espremer grosseiramente a massa ou a munha do milho, que terá o acréscimo de leite de vaca ou de coco, sal (ou açúcar), manteiga, canela e erva-doce.
A massa é embrulhada pela própria casca do milho (ou com folha de bananeira) que será atada nas extremidades. As pamonhas são submetidas a cozimento lento, até que sua massa alcance uma consistência firme e macia.
No Brasil, geralmente possui o nome de pamonha alguém que é preguiçoso, lento ou palerma; e como a iguaria é preparada lentamente, em fogo baixo, ela foi nominada dessa forma.
Para a produção da pamonha, muitos utilizam a espiga do milho ralada para a preparação. Existem receitas que também utilizam flocos de milho. De acordo com os ingredientes selecionados a produção da pamonha poderá ser doce ou salgada. A pamonha cozida é uma das mais populares e, muitas vezes, acompanhadas por café ou manteiga.
Tradição
A iguaria foi muito presente nas
roças brasileiras, pois o milho era popularmente plantado, com o objetivo de
alimentar as famílias, por meio da preparação de polenta,
broas, mingau ou na forma cozida; sendo muito acessível e de
certa forma, considerado como alimentação barata.
Atualmente, a pamonha é muito
difundida em feiras livres e em mercados municipais; além de conquistar ainda
muitos adeptos, que experimentam a comida típica.
Pulei fogueira naquela noite
Noite fria e estrelada
Noite do Sertão
Noite fria e estrelada
Pulei fogueira naquela noite
Era São João
Era dança
Era quentão
Noite fria e estrelada
Era o encontro
Era o outro
No terreiro de meu sertão
Era a roda, o riso e o olhar
Era menino, o calango e a roça
Era roda, o olhar e o riso
No pau de canela, o fim do quentão
De mastros e bandeiras colori aquela noite
Estrelada e fria
Noite do Sertão
A pamonha me lembra aquela noite
Fria e estrelada
Noite de São João
pa’muñã de São João
Frederico do Valle
Texto extraído de:
http://www.caminhodovinho.tur.br/de-onde-veio-a-pamonha/#:~:text=Origem%20da%20Pamonha&text=O%20nome%20pamonha%20vem%20da,%2C%20feiras%2C%20pamonharias%20e%20rodovias.
https://www.coisasdaroca.com/alimentos/pamonha.html
Fonte Imagem:
https://www.saborbrasil.it/pt-br/pamonha-polentina-di-mais-dolce/
http://obagastronomia.com.br/pamonha-patrimonio-brasileiro/
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