ORIGEM MISTA OU ORIGINAIS NO BRASIL
Boto
Acredita-se
que a lenda do boto tenha
surgido na região amazônica. Ele é representado por um
homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas.
Após a
conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes de a
madrugada chegar, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto.
Esta lenda
pode ser uma versão sobrevivente do Ipupiara[9] original,
que depois se transformou na Iara.
Capelobo
É um monstro
com corpo de homem, focinho de anta ou de tamanduá e pés de girafa, que
perambula durante as noites, em busca de algum alimento, lá pelas bandas do rio
Xingu.
Adora comer
as cabeças de cães e gatos recém-nascidos. Também adora beber o sangue de gente
e de outros animais, rasgando-lhes a carótida.
Só pode ser
morto com um tiro na região do umbigo. É uma espécie de lobisomem indígena.[5]
Iara
Relatada no
Brasil desde o século XVI, a lenda da Iara é parte da mitologia universal,
sendo uma variante da figura da seria.[10]
No princípio,
a Iara se chamava Ipupiara, um homem-peixe que levava pescadores para o fundo
do rio, onde os devorava. No século XVIII ocorreu a mudança, e o Ipupiara se
tornou a sedutora sereia
Uiara ou Iara, que enfeitiça os pescadores com sua
beleza e canto e os leva para o fundo das águas. Por vezes ela assume a forma
humana completa e sai em busca de suas vítimas.
Negrinho do Pastoreio
Lenda
afro-cristã de um menino escravo que é espancado pelo dono e largado nu,
sangrando, em um formigueiro, por ter perdido um cavalo baio.
No dia
seguinte, quando foi ver o estado de sua vítima, o estancieiro tomou um susto.
O menino estava lá, mas de pé, com a pele lisa, sem nenhuma marca das
chicotadas, nem fora comido pelas formigas. Ao lado dele, Nossa Senhora,
e mais adiante o baio e os outros cavalos.
O
estancieiro se jogou no chão pedindo perdão, mas o negrinho nada respondeu.
Apenas beijou a mão da Santa, montou no baio e partiu com a tropilha.
Depois
disso, tropeiros, mascates e carreteiros da região, todos davam notícia de ter
visto passar uma tropilha de tordilhos, tocada por um negrinho montado em um
cavalo baio. Então, muitos passaram a acender velas e rezar um Pai Nosso pela
alma do supliciado.
Daí por
diante, quando qualquer cristão perdia uma coisa, o que fosse, pedia-la ao Negrinho,
que a campeava e achava, mas só entregava a quem acendesse uma vela, que ele
levava para o altar de sua madrinha, a Virgem que o livrara do cativeiro.[11]
Pisadeira
Popular no
interior de Minas Gerais e São Paulo, relata uma mulher com aparência
assustadora, alta, magra, com dedos e unhas compridas, olhos vermelhos e
arregalados, nariz comprido para baixo e queixo grande. Possui algumas vezes
cabelos brancos desgranhados.
De acordo
com a lenda, a Pisadeira fica em telhados das casas observando a movimentação.
Após o jantar, quando alguém vai dormir de barriga cheia, ela sai de seu
esconderijo e pisa no peito da pessoa, e a paralisa. A vítima fica consciente e
desesperada.[12]
REFERÊNCIAS
1 a b c d e Lendas brasileiras.
Brasil Escola
2 Espinheira, Ariosto. Viagem Através do Brasil, Volume 1, 6a. Edição, Edições Melhoramentos.
3 Mesquita, Paulo Aníbal G.Mapinguari - Fato ou Mito?. IN Revista Sexto Sentido. 2010-05-06 16:05
4 Cientistas tentam encontrar "monstro da Amazônia". Terra notícias, 07 de julho de 2007- 18h13
2 Espinheira, Ariosto. Viagem Através do Brasil, Volume 1, 6a. Edição, Edições Melhoramentos.
3 Mesquita, Paulo Aníbal G.Mapinguari - Fato ou Mito?. IN Revista Sexto Sentido. 2010-05-06 16:05
4 Cientistas tentam encontrar "monstro da Amazônia". Terra notícias, 07 de julho de 2007- 18h13
5 a b Pericão,
Alexandra. Uaná, um curumim entre muitas lendas. São Paulo: Editora do
Brasil; 2011; 1ª ed.
6 Lobisomem. Brasil Folclore, 2001
7 Pericão, Alexandra = Uaná, um curumim entre muitas lendas - Editora do Brasil, 2011
8 Folclore Brasileiro - O Bicho papão e a Cuca. Radar da Net, 2011
9 O Boto que vira um rapaz bonito ou Ipupiara. Brasil Folclore, 2011
10 Brandao, Toni (1998). A Iara. [S.l.]: Studio Nobel. p. 16. ISBN 8585445688
11 Lopes Neto, João Simões. O Negrinho do Pastoreio. Disponível em Wikisources
12 Sua Pesquisa. "Lenda da Pisadeira". Consultado em 28 de março de 2015.
6 Lobisomem. Brasil Folclore, 2001
7 Pericão, Alexandra = Uaná, um curumim entre muitas lendas - Editora do Brasil, 2011
8 Folclore Brasileiro - O Bicho papão e a Cuca. Radar da Net, 2011
9 O Boto que vira um rapaz bonito ou Ipupiara. Brasil Folclore, 2011
10 Brandao, Toni (1998). A Iara. [S.l.]: Studio Nobel. p. 16. ISBN 8585445688
11 Lopes Neto, João Simões. O Negrinho do Pastoreio. Disponível em Wikisources
12 Sua Pesquisa. "Lenda da Pisadeira". Consultado em 28 de março de 2015.
Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lendas_do_folclore_brasileiro
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