Do corpo ao pó
é o primeiro livro de um antropólogo e advogado cujo trabalho alia
inteligência, talento e generosidade. Bruno Martins Morais está na trincheira,
no pronto-socorro, como advogado atuante na defesa dos Guarani. Mas também faz
mais: tenta desvendar como eles constroem sentido em uma história de extrema
violência. Contra os que acham que é luxo procurar entender o mundo de quem é
trucidado, Bruno mostra a importância de fazê-lo. Este é um grande e magnífico
livro.
— Manuela Carneiro da Cunha
— Manuela Carneiro da Cunha
— Levi Marques Pereira
As páginas do noticiário e as redes sociais nos acostumaram ao estarrecimento, pelos massacres planejados, executados, incentivados, por vezes festejados e sistematicamente impunes, e nos habituaram à revolta com as artimanhas políticas, jurídicas e administrativas que deixam insolucionados os inúmeros crimes e disputas, e que adiam indefinidamente o enfrentamento da questão indígena no país. Mas creio que o acúmulo de dissabores não livrará ninguém do mal-estar, da perturbação e da angústia que certas passagens deste texto provocam.
O que lemos nas páginas deste livro vai muito além da denúncia, da retificação ou da elucidação dos números da violência contra os Kaiowá e Guarani, ainda que a partir daí se deflagre o longo e profundo movimento analítico do trabalho, que tem na articulação entre as estatísticas apenas um de seus corolários.
— Ana Claudia Duarte Rocha Marques, na orelha
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