domingo, 31 de julho de 2022

O sincretismo religioso do Candomblé e a Igreja Católica no Brasil

 Tempo de Umbanda Maria Conga, Iemanjá e Cabocla Jurema

 Falar sobre religião é um assunto que muitas vezes gera polêmica, afinal todos defendem a sua como sendo a única verdadeira. No entanto, no Brasil, as manifestações religiosas, sofreram modificações em sua base devido às influências culturais a que foram confrontadas, especificamente a Igreja Católica, que foi a primeira religião que chegou às terras brasileiras. O primeiro contato foi com os índios, dos quais absorvidos alguns aspectos culturais, pois não seria possível convertê-los sem conhecer sua formação cultural. Por causa disso, algumas práticas foram adotadas. Contudo, damos ênfase a chegada dos negros. Foi a partir deles que surgiram expressões religiosas mais fortes, pelos cultos que esses trouxeram, fazendo nascer no país os cultos afro-brasileiros, que deram origem às religiões que temos até hoje, a exemplo do Candomblé, um dos objetos de estudo desta pesquisa. E o sincretismo religioso do Candomblé com a Igreja Católica nasce dessa repressão, ou seja, da proibição dos negros em cultuar sua fé a suas entidades. Assim, o objetivo principal deste trabalho é compreender como se configura o sincretismo religioso entre o Candomblé e a igreja católica. Esta pesquisa é bibliográfica, e os dados foram levantados a partir de artigos, teses e matérias disponíveis em sites que abordam a temática.



Maria e Iemanjá: duas faces - um arquétipo


A  religiosidade  brasileira  apresenta  características  sincréticas,  que  envolvem  o  catolicismo romano,  o  candomblé  e  os  mitos indígenas.  Este  artigo  trata  do  sincretismo  entre  Maria  e Iemanjá  confrontadas  como  símbolos,  dada  a  impossibilidade  de  correspondência  teológica entre elas. A análise simbólica foi feita a partir da teoria de Carl GustavJung.

Para acessar o artigo na íntegra: https://revistas.pucsp.br/index.php/ultimoandar/article/view/37240/25387


Fonte Imagem: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/qual-a-ligacao-entre-os-santos-catolicos-e-os-orixas/

Notas sobre Sincretismo Religioso: um estudo sobre aspectos culturais e religiosos afro-brasileiros


Para acessar o trabalho de conclusão de curso completo: 


Fonte Imagem: https://blog.enem.com.br/sincretismos-religiosos-na-historia-do-brasil/

Corpo, Cultura e Sincretismo: O Ritual da Congada

 

O trabalho tem como objetivo descrever e analisar a Congada como um elemento sincrético que possibilita a relação do corpo – construção social – com o sagrado e o profano. Para tanto se desenvolveu uma etnografia, tendo-se como caso estudado a Congada Irmandade de Nossa Senhora do Rosário. Os resultados apontam que há nesta manifestação um sistema ritual que se constitui com base em elementos transcendentais, sendo a maneira encontrada pelo grupo para estabelecer a relação com o sagrado, representando sua identidade cultural afrodescendente em um contexto sociocultural moderno, como é o caso de Brasília.

Para acessar o artigo na íntegra: https://revistas.ufg.br/fef/article/view/18012/10740

Festa, patrimônio vivo: reflexões sobre educação na feitura de tapetes do Corpus Christi

 

Esse artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que buscou compreender processos educativos presentes na feitura dos tapetes de serragens da festa de Corpus Christi, em Sabará, Minas Gerais. Pautou-se na suposição de que os processos educativos se fazem presentes nas situações de relações intergeracionais ocorridas durante e no período anterior a referida festa. Além da observação participante de dois trechos ornamentados, foram realizados registros fotográficos, notas em diários de campo, numa perspectiva etnográfica, e entrevistas semiestruturadas com moradoras que ainda perpetuam essa tradição junto a jovens participantes do processo de feitura dos tapetes. Produziu-se, em diálogo com conhecimentos oriundos de abordagens socioantropológica, histórica, patrimonial e educativa da festa, análises sobre as interações e sociabilidade intergeracionais, estabelecidas entre os participantes durante a feitura dos adornos, e transmissão de saberes, fazeres, valores e sensibilidades, conferindo-lhes significação de um patrimônio cultural imaterial e reforçando valores identitários e ligações de pertencimento.



Fonte Imagem: https://arquidiocesebh.org.br/noticias/sabara-fe-e-tradicao-na-celebracao-de-corpus-christi/


Cheganças e Marujadas: De uma travessia imaginária a um porto seguro

 


O objetivo deste trabalho é apresentar a Chegança dos Marujos Fragata Brasileira como um grupo da cultura tradicional que oferece elementos que colaboram com a formação da identidade da comunidade de Saubara, por ser constituído das memórias coletivas e individuais das pessoas desse lugar, por fazer referências históricas de como essa Saubara foi importante para Independência da Bahia, demonstrar como a prática milenar da oralidade, o “boca a ouvido”, tem sido um dos principais veículos na preservação dessa manifestação e discutir como a política de patrimonialização, que reconhece as Cheganças e Marujadas como patrimônio imaterial pode colaborar para a sua preservação, sem transferir para o Estado a responsabilidade orgânica de preservação que pertence aos seus fazedores. Busco ainda evidenciar a música como elemento de memória, dando a ela o status de elo que dá unidade para os pilares trabalhados. Trazer um novo olhar acerca da religiosidade também constitui esse trabalho, uma vez que todas as retóricas antes existentes apontavam para a fé sob a perspectiva do colonizador.

Para acessar a dissertação na íntegra: 

Dossiê Festa do Bonfim - IPHAN

 

Para acessar o livro completo: 


Nossa Senhora dos Navegantes pelos Viajantes da Câmera

 


Para acessar o livro completo: 

Doces Santos - devoções a Cosme e Damião

 



sexta-feira, 29 de julho de 2022

Imaginário popular e Geografia do Brasil

 

Ainda está para ser realizada pesquisa em âmbito acadêmico que investigue a contribuição de Luis da Câmara Cascudo ao estudo de Geografia no Brasil. Neste artigo limitar-meei a algumas notas e observações a partir da leitura de Geografia dos Mitos Brasileiros, livro extraordinário publicado em 1948, cuja originalidade deve ser posta em destaque por ter estabelecido as

conexões entre o fabulário popular e os espaços geográficos do país. Destarte, o grande escritor e infatigável pesquisador potiguar sempre enfatizou que a coordenada geográfica era fundamental em sua reflexão sobre o Brasil nos 150 livros que escreveu, justificando com isso o motivo de nunca ter deixado a cidade de Natal para ir morar alhures, embora não Ihe tivessem faltado convites sedutores.



O Pensamento Dialético de Luís da Câmara Cascudo e os 60 anos do Dicionário do Folclore Brasileiro

Este trabalho apresenta uma análise sobre a obra do importante pensador brasileiro Luís da Câmara Cascudo. Destaca, em especial, os 60 anos da publicação do seu Dicionário do Folclore Brasileiro.

Para acessar o artigo na íntegra: https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/rebela/article/view/2606


Os Orixás e a Natureza

 


O Brasil e o continente africano estão profundamente ligados. Desde que os escravos negros cruzaram o Atlântico, trazidos principalmente pela Coroa portuguesa, vivemos uma mescla de referências culturais. Em nosso território, podemos facilmente encontrar manifestações da cultura europeia, indígena e negra, além das inúmeras ramificações que essa rica mistura originou. Um dos aspectos mais relevantes da cultura negra ao Brasil é o religioso. Em geral, quando os escravos chegavam aqui eram obrigados a seguir a religião do seu senhor, o catolicismo. No entanto, por meio de cultos privados e do sincretismo, eles encontraram uma maneira de manter e praticar sua fé de origem. Os orixás são as bases mais fortes dessa fé, além de representarem as forças da natureza, como a água, o fogo, o ar e a terra. Segundo as religiões africanas, quando essas forças estão em equilíbrio produzem uma enorme energia chamada axé. Com essa coleção, composta por três volumes, pretende resgatar a importância dessa cultura em nosso território, além de desmitificar sensos comuns. Com textos leves e explicativos.

A lenda da Mãe d'Água e Yara no imaginário da arte popular

 

O objetivo deste trabalho é analisar as semelhanças entre a lenda da “Mãe d’Água” e da “Yara” através da arte, ambas sendo, versões africanas e europeias. Este é um mito baseado no modelo de sereias dos contos gregos, difundido entre indígenas brasileiros no século XVIII. Para alguns, são intituladas, como: deusas das águas, protetora dos navegantes e da pesca; meio peixe, meio mulher. A lenda da “Mãe d’Água” possui proximidades em alguns pontos, e afastam-se em outros da “Yara”. Tais analogias mostram-nos que os contos populares brasileiros são carregados de diversas influências culturais, perpassando no tempo e espaço.


Candomblé e Umbanda - Caminhos da devoção Brasileira

 



Este livro procura fornecer ao leitor uma visão histórica do desenvolvimento das mais conhecidas vertentes das religiões afro-brasileiras. Indicando suas fontes com base no universo social e religioso do Brasil colonial, o autor se estende na análise das relações sociais, políticas e econômicas que se estabeleceram entre negros, índios e brancos e que redundaram no desenvolvimento dessas religiões. Um livro de leitura fácil dirigido ao grande público interessado no assunto.

Aru - cururus de sangue frio

BAG, Mario. Mitos e Lendas do Folclore do Brasil. 1. ed. São Paulo: Paulinas, 2013.

O Aru é uma Casta de pequeno sapo, que vive de preferência nas clareiras do mato e acode, numeroso, logo que se abre um roçado. Onde aru não aparece a roça não medra. Aru transforma-se oportunamente em moço bonito, empunha o remo e vai buscar a mãe da mandioca, que mora nas cabeceiras do rio, para que venha visitar as roças e as faça prosperar com o seu benéfico olhar. Somente as roças bem plantadas e que agradam à mãe da mandioca prosperam e tem chuva oportunamente. Aru foge das que não são conservadas bem limpas, e que são invadidas das ervas daninhas, e quando desce com a mãe da mandioca lhes passa a frente sem parar. (Stradelli, Vocabulário). Brandão de Amorim (Lendas, 293) colheu em São Gabriel, Rio Negro, creio que entre os indígenas aruacos, embora narrada no idioma nheengatu, a lenda de Aru, chefe indígena, novo, forte, insaciável de prazer sexual. Aru encontrou, pescando na ilha da Palha, uma moça maravilhosamente bonita e estuprou-a.

A moça que era Seusi, filha da lua e mãe das plantas, abortou imediatamente um pequenino sapo, chato e feio, que matou e com o sangue pintou o tuxaua e lhe presenteou com uma membi (flauta), feita com fios do seu cabelo. Aru voltou para a aldeia, tocando a membi encantada, e seus companheiros, apavorados de ouvir o canto da lontra (irara, mustélidas, Tayra barbara) tão perto do povoado, fugiram, precipitando-se no rio Negro. O tuxaua acompanhou-os, pulando também. Quando voltaram à tona d’água, “todos eles eram já cururu, para ficarem sendo neste mundo arus-cururus.”


Fonte
https://www.google.com/search?q=Aru&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjN5LrKt7LzAhUappUCHfkOCiEQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1366&bih=625#imgrc=W3XeprK2GfgvnM
https://portalamazonia.com/amazonia/voce-conhece-o-fenomeno-aru
https://www.socioambiental.org/pt-br/noticias-socioambientais/aru-primeira-revista-de-pesquisa-intercultural-da-bacia-do-rio-negro-sera-lancada-em-manaus
https://www.socioambiental.org/pt-br/noticias-socioambientais/aru-primeira-revista-de-pesquisa-intercultural-da-bacia-do-rio-negro-sera-lancada-em-manaus
https://www.dicio.com.br/aru/

Texto extraído de: https://pt.wikipedia.org/

Fonte Imagem: BAG, Mario. Mitos e Lendas do Folclore do Brasil. 1. ed. São Paulo: Paulinas, 2013.

É impossível domá-la, não há quem a lace. A Mula-sem-Cabeça dá coices enfurecida

BAG, Mario. Mitos e Lendas do Folclore do Brasil. 1. ed. São Paulo: Paulinas, 2013.

Na maioria dos contos, é um fantasma de uma mulher que foi amaldiçoada por ter se entregado com um padre e foi condenada a se transformar em uma mula sem cabeça que tem fogo ao invés de uma cabeça, galopando através dos campos desde o por do sol de quinta-feira até o nascer do sol de sexta-feira. O mito tem várias variações em relação ao pecado que transformou a mulher amaldiçoada em um monstro.

É a forma que toma a concubina do sacerdote. Transforma-se em um forte animal, de identificação controvertida na tradição oral, e galopa, assombrando quem encontra. Lança chispas de fogo pelo buraco de sua cabeça. Suas patas são como calçadas com ferro. A violência do galope e a estridência do relincho são ouvidas ao longe. Às vezes soluça como uma criatura humana.

O encanto desaparecerá quando alguém tiver a coragem de arrancar-lhe da cabeça o freio de ferro ou se alguém tirar uma gota de sangue com uma madeira não usada. Dizem-na sem cabeça, mas os relincho são inevitáveis. Quando o freio lhe for retirado, reaparecerá despida, chorando arrependida, e não retomará a forma encantada enquanto o descobridor residir na mesma freguesia. A tradição comum é que esse castigo acompanha a manceba do padre durante o trato amoroso (J. Simões Lopes Neto, Daniel Gouveia, Manuel Ambrósio, etc.). Ou tenha punição depois de morta (Gustavo Barroso, O Sertão e o mundo).

A Mula sem cabeça corre sete freguesias em cada noite, e o processo para seu encantamento é idêntico ao do Lobisomem, assim como, em certas regiões do Brasil, para quebrar-lhe o encanto bastará fazer-lhe sangue, mesmo que seja com a ponta de um alfinete. Para evitar o bruxedo, deverá o amásio amaldiçoar a companheira, sete vezes, antes de celebrar a missa. Manuel Ambrósio cita o número de vezes indispensável, muitíssimo maior (Brasil Interior). Chamam-na também Burrinha de padre ou simplesmente Burrinha. A frase comum é "anda correndo uma burrinha".

E todos os sertanejos sabem do que se trata. Em um dos mais populares livros de exemplos na Idade Média, o Scala Celi, de Johanes Gobi Junior, há o episódio em que a hóstia desaparece das mãos do celebrante porque a concubina assiste à missa (Studies in the Scala Celi, de Minnie Luella Carter, dissertação para o doutorado de Filosofia na Universidade de Chicago, 1928). Gustavo Barroso supõe que a origem do mito provenha do uso privativo das mulas como animais de condução dos prelados, com registros no documentário do século XII


Bibliografia
CASCUDO, Luís da CâmaraDicionário do Folclore Brasileiro. 4º edição. Rio de Janeiro, Tecnoprint, 1972.

Texto extraído de: https://pt.wikipedia.org/

Fonte Imagem: BAG, Mario. Mitos e Lendas do Folclore do Brasil. 1. ed. São Paulo: Paulinas, 2013.

O Papa-Figo atraía os inocentes na sala das escolas com doces e brinquedos

BAG, Mario. Mitos e Lendas do Folclore do Brasil. 1. ed. São Paulo: Paulinas, 2013.

Papa figo é uma figura lendária do folclore brasileiro, conhecida principalmente em Pernambuco, Bahia e na Paraíba[1].

Há relatos que ele se parece com uma pessoa normal; para outros, teria unhas de ave de rapina, e orelhas e dentes de vampiro.[2]

Ele matava meninos e meninas mentirosos para chupar-lhes o sangue e comer-lhes o fígado (daí o nome, corruptela de papa-fígado). Isso porque ele sofria de uma doença rara (para alguns, o mal de Hansen, o que explicaria sua aparência grotesca), e acreditava que sangue e fígado de crianças o curariam. O mal de Hansen (também chamado de lepra) foi uma doença que matou muita gente no início do século XX, e talvez daí venha a lenda.

Outros relatos dão conta de que pessoas acometidas do mal de Chagas eram confundidas com o papa-figo, por causa do inchaço em algumas partes do corpo e no fígado.[3]

Inspirado nesse personagem folclórico, foi lançado em 2008 o filme “Papa-Figo” dirigido por Menelau Júnior. O longa metragem tem como enredo a história de um serial killer que remove o fígado de suas vítimas.


Referências
«Mitos e Lendas de Pernambuco»
Guia dos Curiosos[ligação inativa]
«Recando das Letras». Consultado em 24 de setembro de 2008. Arquivado do original em 5 de abril de 2008

Texto extraído de: https://pt.wikipedia.org/

Fonte Imagem: BAG, Mario. Mitos e Lendas do Folclore do Brasil. 1. ed. São Paulo: Paulinas, 2013.

Soltando fogo dos olhos, pela boca e narinas, a terrível criatura sai em busca dos traquinas - O Cabra Cabriola

BAG, Mario. Mitos e Lendas do Folclore do Brasil. 1. ed. São Paulo: Paulinas, 2013.

A Cabra Cabriola é um ser imaginário da mitologia infantil portuguesa, mas também surge no resto da península Ibérica, foi depois levada para o Brasil pelos portugueses. A Cabra Cabriola é a personificação do medo, um animal em forma de cabra, um animal frequentemente de aspecto monstruoso comedor de crianças, um papa-meninos.[1][2] No século XIX a Cabra Cabriola era tema de uma canção de embalar:

"Cabra cabriola

Corre montes e vales,

Corre meninos a pares

Tamêm te comerá a ti

Se cá chegares"[3]

A Cabra Cabriola no Piauí e Pernambuco data do século XIX e XX.

Conta-se que que a Cabra Cabriola era um animal monstruoso que comia crianças travessas. Ela invadia casas para pegar e comer as crianças que não obedeciam os pais. De acordo com a lenda no Brasil, ela cantava este verso:

Eu sou a Cabra Cabriola
Que como meninos aos pares
Também comerei a vós
Uns carochinhos de nada

No Brasil quem contava dizia que quando uma criança começa a chorar de repente, a Cabra Cabriola estava fazendo outra vítima. Quando isso acontecia, as pessoas começavam a rezar.

 

Referências

Gazeta de Lisboa,1824. Issues 153-309 pg 931
Cascudo, Camara.Literatura oral no Brasil pg 173]
Revista Lusitana.Volume X. Canções do berço. Imprensa Nacional, Lisboa 1907

Texto extraído de: https://pt.wikipedia.org/

Fonte Imagem: BAG, Mario. Mitos e Lendas do Folclore do Brasil. 1. ed. São Paulo: Paulinas, 2013.

Mapinguari, o verdadeiro rei da mata

 
BAG, Mario. Mitos e Lendas do Folclore do Brasil. 1. ed. São Paulo: Paulinas, 2013.

O mapinguari (ou mapinguary) é uma criatura lendária (criptídeo) descrito como sendo coberta de um longo pelo vermelho, e vivendo na floresta amazônica do Brasil e Bolívia.

Os cientistas ainda desconhecem essa criatura. Uma hipótese que explicaria a existência do Mapinguari, sugerida pelo paleontólogo argentino Florentino Ameghino no fim do século XIX, seria o fato da sobrevivência de algumas preguiças gigantes (Pleistoceno, 12 mil anos atrás) no interior da floresta amazônica.

Entre muitos, o ornitólogo David Oren chegou a empreender expedições em busca de provas da existência real da criatura. Não obteve nenhum resultado conclusivo. Pelos recolhidos mostraram ser de uma cutia, amostras de fezes de um tamanduá e moldes de pegadas não serviriam muito, já que, como declarou, “podem ser facilmente forjadas”. O mapinguari seria semelhante ao pé-grande.[1]


Referências
«Cientistas tentam encontrar "monstro da Amazônia"». Terra Notícias - The New York Times. 2007. Cópia arquivada em 9 de julho de 2019

Bibliografia
Martin, Paul S. 2007. Twilight of the Mammoths: Ice Age Extinctions and the Rewilding of America. University of California PressISBN 9780520252431
Oren, David C. "Does the Endangered Xenarthran Fauna of Amazonia Include Remnant Ground Sloths?," Edentata (2001) p. 2-5
Rohter, Larry (8 de julho de 2007). «A Huge Amazon Monster Is Only a Myth. Or Is It?»The New York Times. Consultado em 30 de dezembro de 2009
Shepard, G. H. 2002. "Primates and the Matsigenka" in Agustín Fuentes & Linda D. Wolfe. Primates Face to Face: The Conservation Implications of Human-nonhuman Primate Interconnections. Cambridge University PressISBN 9781139441476
Velden, Felipe Ferreira Vander. (2009) Sobre cães e índios: domesticidade, classificação zoológica e relação humano-animal entre os Karitiana, Avá Revista de Antropología. n. 15, p. 125-143.
Velden, Felipe Ferreira Vander (2016). «Realidade, ciência e fantasia nas controvérsias sobre o Mapinguari no sudoeste amazônico». Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas. 11 (1): 209–224. ISSN 1981-8122doi:10.1590/1981.81222016000100011


Texto extraído de: https://pt.wikipedia.org/

Fonte Imagem: BAG, Mario. Mitos e Lendas do Folclore do Brasil. 1. ed. São Paulo: Paulinas, 2013.

Deve ser coisa do Boto, que na água desaparece

 
BAG, Mario. Mitos e Lendas do Folclore do Brasil. 1. ed. São Paulo: Paulinas, 2013.

A lenda do boto é uma lenda da Região Norte do Brasil, geralmente contada para justificar a gravidez de uma mulher solteira.

Os botos são carnívoros cetáceos que vivem nos rios amazônicos. Dizem que, durante as festas juninas, o boto rosado aparece transformado em um rapaz elegantemente vestido de branco e sempre com um chapéu para cobrir a grande narina que não desaparece do topo de sua cabeça com a transformação. Esse rapaz seduz as moças desacompanhadas, levando-as para o fundo do rio e, em alguns casos, as engravidando. Por essa razão, quando um rapaz desconhecido aparece em uma festa usando chapéu, pede-se que ele o tire para garantir que não seja um boto. Daí deriva o costume de dizer, quando uma mulher tem um filho de um pai desconhecido, que ele é "filho do boto".


Texto extraído de: https://pt.wikipedia.org/

Fonte Imagem: BAG, Mario. Mitos e Lendas do Folclore do Brasil. 1. ed. São Paulo: Paulinas, 2013.

Boitatá - Assombrando rios e matas com seus olhos de gigante

BAG, Mario. Mitos e Lendas do Folclore do Brasil. 1. ed. São Paulo: Paulinas, 2013.

Boitatá é um termo tupi-guarani, usado para designar, em todo o Brasil, o fenômeno do fogo-fátuo, e deste derivando algumas entidades míticas,[1] das primeiras registradas no país.[2]


Etimologia e variantes nominais

O termo mais difundido é boitatá. O termo é a junção das palavras tupis boi e tatá, significando cobra e fogo, respectivamente, ou ainda de mboi — a coisa ou o agente. Significa, assim, cobra de fogo, fogo da cobra, em forma de cobra ou coisa de fogo.[2]

Sobre a etimologia, escreveu Couto de Magalhães que "como a palavra o diz, boitatá é cobra-de-fogo'" (in: O Selvagem, Rio de Janeiro, 1876 [2]).

No Sul, é chamado de baitatá ou batatá e até mesmo de boitatá. Na Bahia, aparece como biatatá. Em Minas Gerais chamam-no de bata. No Nordeste, é comum o termo batatão. Nos estados de Sergipe e Alagoas, recebem os nomes de Jean de la foice ou Jean Delafosse.[2]


Primeiros registros

Em 1560 registrou o Padre José de Anchieta:

"Há também outros (fantasmas), máxime nas praias, que vivem a maior parte do tempo junto do mar e dos rios, e são chamados baetatá, que quer dizer coisa de fogo, o que é o mesmo como se se dissesse o que é todo de fogo. Não se vê outra coisa senão um facho cintilante correndo para ali; acomete rapidamente os índios e mata-os, como os curupiras; o que seja isto, ainda não se sabe com certeza." (in: Cartas, Informações, Framentos Históricos, etc. do Padre José de Anchieta, Rio de Janeiro, 1933[2])

O Boitatá é uma gigantesca cobra-de-fogo que protege os campos contra aqueles que o incendeiam. Vive nas águas e pode se transformar também numa tora em brasa, queimando aqueles que põem fogo nas matas e florestas.

A origem deste mito está ligada a um fenômeno chamado fogo-fátuo. A decomposição de matéria orgânica, seja de vegetação ou animais mortos, libera gases que inflamam-se espontaneamente em contato com ar. Correntes de ar causadas pela passagem de uma pessoa nas proximidades podem deslocar as chamas fazendo com que pareçam uma cobra de fogo que a persegue.

Na obra Lendas do Sul, de João Simões Lopes Neto, há um conto com esse nome que descreve bem a lenda. A ideia era de uma luz que se movimentava no espaço, daí "veio a imagem da marcha ondulada da serpente". Foi essa imagem que se consagrou na imaginação popular. Descreve-se o Boitatá como uma serpente com olhos como dois faróis, couro transparente, que cintila nas noites em que aparece deslizando nas campinas, nas beiras dos rios. Em Santa Catarina, a figura aparece como um touro de "pata como a dos gigantes e com um enorme olho bem no meio da testa, a brilhar que nem um tição de fogo".

No Rio Grande do Sul, narra-se a lenda de que houve um período de noite sem fim nas matas. Além da escuridão, houve uma enorme enchente causada por chuvas torrenciais. Assustados, os animais correram para um ponto mais elevado a fim de se protegerem. A boiguaçu, uma cobra que vivia numa gruta escura, acordou com a inundação e, faminta, decidiu sair em busca de alimento, com a vantagem de ser o único bicho acostumado a enxergar na escuridão. Decidiu comer a parte que mais lhe apetecia: os olhos dos animais. De tanto comê-los, foi ficando toda luminosa, cheia de luz de todos esses olhos. Seu corpo transformou-se em ajuntadas pupilas rutilantes, bola de chamas, clarão vivo, boitatá, cobra de fogo. Ao mesmo tempo a alimentação farta deixou a boiguaçu muito fraca. Ela morreu e reapareceu nas matas serpenteando luminosa. Quem encontra esse ser fantástico nas campinas pode ficar cego, morrer e até enlouquecer. Assim, para evitar o desastre, os homens acreditam que têm que ficar parados, sem respirar, e de olhos bem fechados. A tentativa de escapar da cobra apresenta riscos porque o ente pode imaginar fuga de alguém que ateou fogo nas matas. No Rio Grande do Sul, acredita-se que o "boitatá" é o protetor das matas e das campinas. A verdade é que a ideia de uma cobra luminosa, protetora de campinas e dos campos aparece frequentemente na literatura, sobretudo nas narrativas do Rio Grande do Sul.

Ainda hoje, essa lenda folclórica impressiona adultos e crianças, sendo citada, inclusive, como personagem de destaque em várias obras contemporâneas como, por exemplo, “Quem tem medo do Boitatá?”[3], de Manuel Filho, lançada em 2007. Nesta história infanto-juvenil, o avô do protagonista, Sandrinho, é cego pelo próprio Boitatá. A serpente também é relembrada na história de José Santos, “O casamento do Boitatá com a Mula-sem-cabeça”,[4] onde o autor descreve de forma lúdica a união de vários seres de nosso folclore. O mito, em sua versão sincrética, aparece ainda no livro "A lenda do Batatão"[5], de Marco Haurélio, escrito em sextilhas de cordel. O Batatão, embora conserve sua característica ígnea, se aproxima das almas penadas. Nas referidas obras, assim como em muitas outras, o ser fantástico é citado como “o Boitatá”, mas é possível encontrar citações como “a Boitatá” tal como ocorre na obra recente de Alexandra Pericão, "Uaná, um curumim entre muitas lendas",[6] em que a serpente, também comedora de olhos, é descrita de um jeito bem contemporâneo, com citações divertidas, como “Mas ninguém, até hoje, e isso é o mais espantoso de tudo, conseguiu colocar uma foto sua na internet. Apesar do tamanho gigante, a serpente é tão discreta, que só conseguem vê-la aqueles que ela mesmo captura”. Também João Simões Lopes Neto, em obra supramencionada, refere-se ao ser no feminino, valendo citar o trecho: “Foi assim e foi por isso que os homens, quando pela primeira vez viram a boiguaçu tão demudada, não a conheceram mais. Não conheceram e julgando que era outra, muito outra, chamam-na desde então, de boitatá, cobra do fogo, boitatá, a boitatá!”.


Referências:
FERREIRA, Aurélio Buarque de Hollanda. Dicionário Aurélio
Ir para:a b c d e CASCUDO, CâmaraDicionário do Folclore Brasileiro
Filho, Manuel. Quem tem medo do Boitatá?. Editora Escala, 2007, 1ª ed.
Santos, José. O casamento do Boitatá com a Mula-sem-cabeça. Companhia Editora Nacional, 2007, 1ª ed.
Haurélio, Marco. A lenda do Batatão. SESI-SP Editora, 2012, 1ª ed.
Pericão, Alexandra. Uaná, um curumim entre muitas lendas. Editora do Brasil, 2011, 1ª ed.

Texto extraído de: https://pt.wikipedia.org/

Fonte Imagem: BAG, Mario. Mitos e Lendas do Folclore do Brasil. 1. ed. São Paulo: Paulinas, 2013.

Se ouvir algum zunido no quintal de sua casa, pode ser Saci

 
BAG, Mario. Mitos e Lendas do Folclore do Brasil. 1. ed. São Paulo: Paulinas, 2013.

O saci, também conhecido como saci-pererê, saci-cererê, matimpererê, matita perê, saci-saçurá e saci-trique tem sua origem presumida entre os indígenas da Região das Missões, no Sul do país, de onde teria se espalhado por todo o território brasileiro.

A figura do saci surge como um ser maléfico, como somente brincalhão ou como gracioso, conforme as versões comuns ao sul.

Etimologia

Três termos são importantes: "saci" é oriundo do termo tupi "sa'si". "Matimpererê" é oriundo do termo tupi "matintape're"[6]. O termo "pererê" é oriundo do termo tupi "pererek-a", que significa "ir aos saltos".


Representação

O saci é um negro jovem de uma perna só, portador de uma carapuça sobre a cabeça que lhe concede poderes mágicos. Sobre este último caractere, é de notar-se que, já na mitologia romana, registrava Petrônio, no Satíricon, cujo píleo também conferia poderes ao íncubo e recompensas a quem o capturasse.

Considerado uma figura brincalhona, que se diverte com os animais e pessoas, fazendo pequenas travessuras que criam dificuldades domésticas, ou assustando viajantes noturnos com seus assovios – bastante agudos e impossíveis de serem localizados. Assim é que faz tranças nos cabelos dos animais, depois de deixá-los cansados com correrias; atrapalha o trabalho das cozinheiras, fazendo-as queimar as comidas, ou ainda, colocando sal nos recipientes de açúcar ou vice-versa; ou aos viajantes se perderem nas estradas. Lhe é atribuída também a capacidade de ser carregado por redemoinhos.

Selo brasileiro de 1974 com a representação do Saci 

O mito existe pelo menos desde o fim do século XVIII ou começo do XIX.


Influências históricas



Indígena

As entidades protetoras da floresta Jaci Jaterê da cosmololgia guarani e o Kambaí da cosmologia caingangue são possíveis influências na concepção do Saci.


Africana

Uma lenda iorubá descreve Aroni, um gnomo de uma perna só que ensina a Oçânhim sobre o uso de ervas medicinais pode ter influenciado a concepção do Saci. Outros relatam Oçânhim e Anoni como a mesma entidade.


Portuguesa

Da mitologia portuguesa, o saci herdou o píleo, um gorrinho vermelho usado pelo lendário trasgo. Trasgo é um ser encantado do folclore do norte de Portugal, especialmente da região de Trás-os-Montes. Rebeldes, de pequena estatura, os trasgos usam gorros vermelhos e possuem poderes sobrenaturais.

De Portugal para o Brasil veio a crença da explicação sobrenatural sobre redemoinhos, de que seriam guiados por uma "coisa ruim" e que poderiam arremessar pessoas. Foi documentada essa crença no Brasil, paralelamente a crença da ligação entre o Saci e redemoinhos.

"Retrato do Saci-pererê" (2007) por J. Marconi

Dia do Saci

Saci-pererê, pintura em nanquim por Monteiro Lobato, do livro "O Saci-Pererê: Resultado de um Inquérito" de 1918

Em 2005, foi instituído o Dia do Saci no Estado de São Paulo, a data também é celebrado em Vitória (Espírito Santo)Poços de Caldas e Uberaba (Minas Gerais); Fortaleza e Independência (Ceará) comemorado no dia 31 de outubro, a fim de restaurar as figuras do folclore brasileiro, em contraposição a influências folclóricas estrangeiras, como o Dia das Bruxas.

"Saci evita entrar na água", de Renato Bender





Texto extraído de: https://pt.wikipedia.org/
Fonte Imagem: BAG, Mario. Mitos e Lendas do Folclore do Brasil. 1. ed. São Paulo: Paulinas, 2013.

quinta-feira, 28 de julho de 2022

Quem maltrata a natureza desperta toda a ira do Curupira

BAG, Mario. Mitos e Lendas do Folclore do Brasil. 1. ed. São Paulo: Paulinas, 2013.

O Curupira é caracterizado como uma entidade das matas que se manifesta na forma de um menino de cabelos compridos e vermelhos cuja característica principal são os pés virados para trás.[1]


Etimologia

Os termos "curupiral" e "curupira" procedem do tupi kuru'pir, que significa "o coberto de pústulas"[2]. Segundo o folclorista ítalo-brasileiro Ermanno Stradelli, procedem de curu, contração de corumi, "menino", e pira, "corpo", significando, então, "corpo de menino". Já segundo Eduardo Navarro, especialista em tupi antigo, o termo se origina da contração entre kuruba, "sarna" ou "verruga", e pira, "pele", significando, portanto, "pele de sarna" ou "pele de verrugas".[3]


História

Um dos mais populares e espantosos entes fantásticos das matas brasileiras, o curupira é um anão de cabeleira ruiva, pés ao inverso, calcanhares para a frente. A mais antiga menção de seu nome é de José de Anchieta, em São Vicente, em 30 de maio de 1560:

É cousa sabida e pela bôca de todos corre que ha certos demonios, a que os Brasis chamam corupira, que acometem aos Indios muitas vezes no mato, dão-lhes de açoites, machucam-os e matam-os. São testemunhas disto os nossos Irmãos, que viram algumas vezes os mortos por eles. Por isso, costumam os Indios deixar em certo caminho, que por asperas brenhas vai ter ao interior das terras, no cume da mais alta montanha, quando por cá passam, penas de aves, abanadores, flechas e outras cousas semelhantes como uma especie de oblação, rogando fervorosamente aos curupiras que não lhes façam mal.[4]

Demônio da floresta, explicador dos rumores misteriosos, do desaparecimento de caçadores, do esquecimento de caminhos, de pavores súbitos, inexplicáveis, foi lentamente o Curupira recebendo atributos e formas físicas que pertenciam a outros entes ameaçadores e perdidos na antiguidade clássica. Sempre com os pés voltados para trás e de prodigiosa força física, engana caçadores e viajantes, fazendo-os perder o rumo certo, transviando-os dentro da floresta, com assobios e sinais falsos.

Do Maranhão para o sul até o Espírito Santo, seu apelido constante é Caipora. Eduardo Galvão informa: "Curupira é um gênio da floresta. Na cidade ou nas capoeiras de sua vizinhança imediata não existem currupiras. Habitam mais para longe, muito dentro da mata. A gente da cidade acredita em sua existência, mas ela não é motivo de preocupação porque os currupiras não gostam de locais muito habitados."

"Gostam imensamente de fumo e de pinga. Seringueiros e roceiros deixam esses presentes nas trilhas que atravessam, de modo a agradá-los ou pelo menos distraí-los. Na mata, os gritos longos e estridentes dos Currupiras são muitas vezes ouvidos pelo caboclo. Também imitam a voz humana, num grito de chamada, para atrair vítimas. O inocente que ouve os gritos e não se apercebe que é um Currupira e dele se aproxima perde inteiramente a noção de rumo."

O estado de São Paulo, pela lei de 11 de setembro de 1970, assinada pelo governador Roberto Costa de Abreu Sodré, "institui o Curupira como símbolo estadual do guardião das florestas e dos animais que nela vivem." No município de Olímpia, nesse estado, por mais trinta anos consecutivos, não são assinados quaisquer documentos oficiais durante a semana em que ocorre o Festival de Folclore, no mês de agosto, período em que a autoridade municipal é representada pelo Curupira, que exerce seu poder protegendo a população local e os visitantes que ali comparecem, pássaros, matas, etc. No Horto Florestal da capital paulista há um monumento ao Curupira, inaugurado no Dia da Árvore21 de setembro.


Referências:
Instituto Butantan. «Conheça a história do curupira, o defensor das árvores e dos animais». Consultado em 30 de Junho de 2022
FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 513.
NAVARRO, Eduardo de Almeida. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 245
«Caderno nº 7, CARTA DE SÃO VICENTE, 1560» (PDF). São Paulo: Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Série Cadernos da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica: 32. Primavera 1997. Consultado em 9 de fevereiro de 2021
CASCUDO, Luís da CâmaraDicionário do Folclore Brasileiro. 9º edição. São Paulo, Global, 2000.


Texto extraído de: https://pt.wikipedia.org/
Fonte Imagem: BAG, Mario. Mitos e Lendas do Folclore do Brasil. 1. ed. São Paulo: Paulinas, 2013.