Edison Carneiro foi um dos últimos
representantes - e dos mais notáveis - de uma geração que se debatia entre
estruturas acadêmicas e a tradição empírico-vocacional desordenada, mas
criativa, dominantes na sua época. Ele inicia com invejável modéstia e invulgar
seriedade, na sua obra, uma nova linha metodológica nos chamados estudos
afro-brasileiros. Em Candomblés da Bahia, Carneiro definiu um roteiro
metodológico que, desde então, tem servido de guia básico para todos os
pesquisadores que, a partir daquela monografia singular, vêm estudando os
candomblés da Bahia e os cultos afro-brasileiros em geral. Desde 1948, quando
foi publicado em sua 1ª edição, esse livro tornou-se um clássico e obra
indispensável de orientação e consulta. Nela estão a organização social dos
terreiros; sua economia; o simbolismo de sua linguagem e de seu ritual; as
hierarquias míticas e o sistema de controle intragrupal.
domingo, 17 de julho de 2022
Candomblés da Bahia
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