Atualíssimo, o mesmo drama foi testemunhado pelos repórteres
nesta viagem pela nação semi-árida e pelos arredores das metrópoles, onde a
babilônia de taipas de Antonio Conselheiro virou um mar de barracos e
desmantelos.
Em texto e foto, uma narrativa que mostra os rostos vincados
de sol e ‘precisão’, xilogravuras ambulantes do abandono histórico, vítimas da
‘velha do chapelão’ – como a fome era representada antigamente no imaginário
sertanejo. Mas os autores também trouxeram da estrada a crônica de costumes de
um sertão cheio de quixotices, mungangas, marmotas, estripulias, estripulias à
Pedro Malasartes.
Xico Sá nasceu no Crato, Ceará, em 1962. Tem
Reginaldo em seu nome, como homenagem de sua mãe ao cantor Reginaldo Rossi.
Começou a carreira de jornalista no Recife, e atuou muitos anos como repórter investigativo.
Como jornalista, ganhou os principais prêmios do país (Esso, Folha e Abril).
Ubirajara Dettmar, ou U. Dettmar (como
prefere), carioca, 62 anos, já fotografou casamentos e pessoas mortas para os
parentes guardarem de recordação. Passou pelos principais jornais e revistas
brasileiros. Cobriu a revolução da Nicarágua e a guerra civil de El Salvador.
Trabalhou com o ex-presidente Collor. Ganhador do Vladimir Herzog, publicou, em
1980, o livro “Fotojornalismo”, com 70 fotos suas em p/b. Adora a reportagem
fotográfica, mas diz que a visão de hoje nos jornais difere do seu estilo,
descoberto desde os tempos de O Jornal, onde conheceu Aníbal Philot. “Ele me
mostrou a sensibilidade da fotografia”.
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