terça-feira, 29 de junho de 2021
Barro e Balaio
Dicionário do Dialeto Rural no Vale do Jequitinhonha - Minas Gerais
Juiz de Fora e o "ouro verde"
O período de maior crescimento de cidades, em toda a História do Brasil, corresponde à época do ouro em Minas Gerais, no início do século XVIII. Antes, era difícil a criação de uma rede urbana, pois havia restrito comércio colonial, uma pequena vida cultural e grandes dificuldades de comunicação e transporte entre as pessoas.
Por volta do ano de 1703, foi construída uma passagem de circulação chamada "Caminho Novo"² a qual localizava-se à margem esquerda do rio Paraibuna, nada existia do lado direito do rio, somente mata fechada.
História do Café
Geografia histórica do café no Vale do Rio Paraíba do Sul
A obra é organizada em quatro partes. A primeira é teórico-metodológica e apresenta alguns embasamentos para os estudos da paisagem. A segunda ocupa-se também da paisagem, mas leva em consideração, principalmente, a presença do café no século XIX. A terceira trata do paleoterritório do café, enfocando resultantes e perspectivas frente a um passado que desconsiderou os alicerces sociais e ecológicos desse empreendimento. Já a quarta e última parte apresenta propostas concretas para a realidade do Vale do Paraíba.
Para acessar o livro na íntegra:
http://www.editora.puc-rio.br/media/geografia%20historica%20do%20cafe%20no%20vale%20do%20rio%20paraiba%20do%20sul.pdf
Pequena História do Café no Brasil
A obra de Afonso Taunay é, talvez, uma das mais volumosas da nossa tradição historiográfica. Seus textos mais famosos – História das Bandeiras Paulistas e História do Café no Brasil – totalizam mais de 20 volumes. Foi na década de 1920, durante as comemorações do bicentenário da introdução do café no Brasil, que o então diretor do Departamento Nacional do Café, Armando Vidal, pediu a Taunay para escrever uma história do café no país. Atendendo ao pedido, Taunay publicou em 1934 um pequeno livro chamado A propagação da cultura cafeeira, a que se seguiu a publicação, em 15 volumes, entre 1939 e 1943, da História do café no Brasil. Seguiu-se, por fim, a Pequena história do café no Brasil, obra desta coleção, que é uma síntese do conjunto maior.
Império do café - A grande lavoura no Brasil 1850 a 1890
segunda-feira, 28 de junho de 2021
A terminologia do carro de boi no vocabulário rural de Passos/Minas Gerais
O presente trabalho teve como objetivo a apresentação da terminologia do carro de boi presente no vocabulário rural do município de Passos, que se localiza na mesorregião sul/sudoeste de Minas Gerais. A proposta, desta análise, foi mostrar que os estudos terminológicos apontam estreita relação entre o homem, a cultura e o ambiente em que se inserem. Os resultados obtidos por meio da pesquisa evidenciaram aspectos históricos, sociais e culturais da região, destacando a importância do carro de boi na cultura e economia do município pesquisado.
Parra acessar o artigo na integral: https://revista.uemg.br/index.php/praxys/article/view/2650
No tempo do carro de boi
“Com o marchar
dos anos a felicidade surge no olhar para trás, no cobrir o passado com a
memória.” (Nelson Palma Travassos, no livroo “Quando eu era menino...”)
Sob o chiado dos carros de bois: a historiografia de Bernardino José de Souza
O autor do livro Ciclo do carro de Bois no Brasil, Bernardino José de Souza faz algumas perguntas a se próprio a respeito do porque sentir uma imensa vontade de pesquisar tanto em muitas localidades, com muitas pessoas, usando alguns métodos para montar um trabalho falando a respeito de um veículo tão rústico e modesto, tão comum e primitivo instrumento de trabalho, tão lento, porém tão utilizado e que este seria por ele descrito em todos os aspectos materiais, mostrando suas origens, seus acessórios, as modificações, suas utilidades, os serviços prestados à riqueza e ao desenvolvimento desse nosso país em diversas localidades.
Para acessar o artigo na íntegra:
https://chamados.piodecimo.edu.br/online/index.php/praxis/article/view/307/pdf
Tropeiro em Mariana Oitocentista
O canto do Carro de Boi: A roça e suas mágicas...
EM...CANTO: Tropeiro (MG - DP) - Trovadores do Vale
Tropas e tropeiros na primeira metade do século XIX no alto sertão baiano
Tropeiros Ranchos Tropas de Lorena
Sérgio também destaca a importância e apoio dos Professores Sodero, Davi e Tadeu Miranda neste processo de construção da obra. Também destaca em seu livro a gratidão ao vale por poder ser palco de uma história tão rica, que é a dos tropeiros.
SINOPSE DE LIVRO: Dicionário crítico Câmara Cascudo
Tropeirismo - Platino-Peruano & Platino-Brasileiro
Entre a mobilidade e a fixação da paisagem sertão
Para acessar o artigo na íntegra:
https://www.13snhct.sbhc.org.br/resources/anais/10/1342365158_ARQUIVO_13SeminarioHC&T.Entreafixacaoeamobilidadedapaisagemsertao.pdf
(Re)significações culturais no mundo rural mineiro: o carro de boi - do trabalho ao festar (1950-2000)
https://www.scielo.br/j/rbh/a/t3VRYK9NvtNsBtkmsQjKQvC/?lang=pt
O Tropeiro como propagador cultural e mola mestra da cultura cafeeira no século XIX
Caminho das Tropas: A Importância da preservação histórica e cultural como meio de preservação ambiental no Vale do Paraíba
domingo, 27 de junho de 2021
Tempos e movimentos: uma breve digressão cultural dos carros de bois no território goiano
Os tropeiros encontraram uma atividade lucrativa no lombo de muares
Entre o Rio Grande do Sul e Minas Gerais passaram cerca de 12 mil muares por ano entre 1730 e 1897. As tropas seguiam, mas nos caminhos que ficaram conhecidos como a Rota dos Tropeiros muita coisa permaneceu. Ali se formaram famílias, uma gastronomia e cultura típicas e estima-se que nada menos do que mil cidades foram fundadas para dar suporte à nova atividade econômica que se desenvolvia no Brasil. Aos tropeiros, vendia-se galinha em um ponto, milho e mandioca em outro. Consertavam-se ferraduras e, com o passar dos anos, a rota ganhou casas de palha depois transformadas em pequenos vilarejos. Ainda não é possível listar com certeza quais foram os municípios que nasceram do tropeirismo, mas certamente o trabalho que vem sendo feito pelo pesquisador Carlos Solera, autor de dois livros sobre o assunto, vai ajudar, no mínimo, a não deixar esta cultura cair no esquecimento.
O desejo é ousado: Solera quer ver o tropeirismo ser reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade. Para realizar essa façanha, monta um dossiê sobre o assunto desde 1979 e atualmente conta com o apoio tanto da Universidade de Girona, na Espanha, que tem prática na elaboração da documentação exigida, como do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) do Paraná. O processo ainda não foi protocolado, mas desde que as pesquisas começaram muito já foi descoberto.
MAPA
Quem imagina que o início do caminho dos tropeiros era o Rio Grande do Sul está enganado. Na Biblioteca Nacional existe o que seria o primeiro mapa da Rota dos Tropeiros e esse documento indica que foi entre as cidades catarinenses de Laguna e Araranguá, exatamente no Morro dos Conventos, que tudo começou (veja mapa ao lado). O traçado original inicia em Laguna e termina em São Luis do Purunã – o caminho até Sorocaba (SP) já existia, assim como o trajeto até Ouro Preto (MG). Parte do trabalho dos tropeiros foi facilitada ainda porque eles fizeram uso de trilhas indígenas para criar a rota.
As explorações da rota se deram por volta de 1728, e em 1730 partiu de Laguna a primeira tropa com muares rumo a Ouro Preto (MG): foram 3 mil mulas e burros conduzidos por 130 tropeiros sob o comando do patrono atual do tropeirismo Cristovão Pereira de Abreu. Levou cerca de um ano e meio para o trajeto ser concluído. “Era cansativo não só para os tropeiros, como para o gado. Por isso eles paravam para invernar (uns três meses) nos Campos Gerais do Paraná. Era um lugar com boa pastagem e o barro era salitroso. O gado, então, não precisava receber sal na alimentação enquanto estava invernando no Paraná”, afirma o pesquisador Carlos Solera.
Os primeiros muares conduzidos eram xucros, mas depois eles foram domesticados e passaram a servir de meio de transporte para os tropeiros e também para conduzir alimentos e outros produtos como a madeira.
Por volta de 1733, o caminho que começava em Laguna teve de ser abandonado, principalmente porque na região de Urupema havia índios perigosos e pouco sociáveis, o que colocava as tropas em constante perigo. Foi a partir daí que o Rio Grande do Sul entrou para a Rota dos Tropeiros: um novo ramal foi aberto com início na cidade de Viamão (RS) – os tropeiros abandonaram o caminho litorâneo de Laguna e passaram a seguir do Rio Grande do Sul pelo planalto catarinense. “Por este motivo Laguna sofreu um definhamento econômico no período”, afirma o historiador Fábio Kuhn, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
As primeiras mulas que chegaram ao Brasil foram compradas dos países vizinhos que estavam sobre o domínio espanhol (atualmente Bolívia, Argentina e Uruguai): uma outra grande parte foi roubada ou contrabandeada. “Quando os brasileiros perceberam que era uma atividade lucrativa, construíram fazendas de criação de muares nas proximidades de Viamão. O gado muar chegava a custar dez vezes mais que o equino e o bovino na época”, explica Fábio Kuhn.
A disseminação do gado muar no Brasil ocorreu graças ao projeto iniciado pelo português Manoel Gonçalves de Aguiar. Ele era sargento e vivia em Santos (SP), onde dirigia um presídio, e respondia ainda pela costa litorânea de Santos até a região de Laguna (SC). Aguiar foi contemplado, pela Lei das Sesmarias, com um pedaço de terra onde hoje é São Luiz do Purunã (PR) – a partir desse momento ele dividia seu tempo entre as duas cidades. Durante uma inspeção no litoral catarinense, porém, descobriu que existiam muitas mulas soltas no pasto dos países vizinhos e teve a ideia de usar esses animais para o transporte de minérios de Minas Gerais ao Rio de Janeiro, já que muitos escravos estavam morrendo porque não suportavam o trabalho duro.
Nas terras sulamericanas de domínio espanhol havia mulas e burros em grande número e esses animais estavam soltos por causa da exploração de ouro na região, principalmente, do Potosi (atual Bolívia): lá a mineração havia sido desenvolvida pelo menos 100 anos antes que no Brasil. Os espanhóis usaram os animais e, depois que a exploração definhou, eles acabaram abandonando os muares no pasto. O Brasil, precisando desse tipo de gado, passou a comprá-lo, roubá-lo e contrabandeá-lo (até porque o comércio entre Portugal e Espanha era proibido) e só parou quando o Rio Grande do Sul chegou a ser um criador de muares de referência. Depois da grande exploração de muares no Brasil, curiosamente o Império teve de aprovar uma lei que proibisse a criação de mulas, na década de 1760, para evitar uma superprodução de mulas no país e a queda repentina de preço.
“Boi que nasce para guia jamais será coice”
Manuel Alexandre é mestre carreiro, faz carro de bois. Quem me falou dele foi um arquiteto paulista de Barretos. Luís Antônio Jorge é professor da Faculdade de Arquitetura da USP e acompanhou o trabalho do mestre Manuel, então com 80 anos, no Morro da Garça, em Minas Gerais. Está tudo documentado. A pesquisa integra o projeto Guimarães Rosa: lugares – em busca do quem das coisas, financiado pela Petrobrás. Parte do registro foi publicada aqui.
Acho bonito isso que Luís chama de o saber fazer, a sabedoria que se realiza em matéria, e que tem utilidade em seu meio, e que tem significado. Talvez porque nos babilônicos caminhos da metrópole seja tão difícil encontrar significados. Tudo é tanto e tão nababescamente inútil que acaba, assim, insignificante. Aí a gente ouve da universalidade do sertão e fica besta.
Ciclo do Carro de Boi no Brasil - Bernardino José de Souza
sábado, 26 de junho de 2021
EM...CANTO: Señora Chichera (DP) - Grupo Tarancón
Señora Chichera me recorda o Grupo Amalé em 1988 em sua caminhada do folclore brasileiro junto com a América do Sul...
EM...CANTO: Ribeirão Encheu (DP) - Tavinho Moura
quarta-feira, 23 de junho de 2021
Contos Encantados da América Latina
Folguedos da Mata - Um registro do folclore da Zona da Mata
Ficha bibliográfica
Chegada (introdução)
Folia de Reis
Charola de São Sebastião
O Boi e o Mineiro Pau
Quaresma (Charola e Encomendação)
Congado
Mapa dos grupos
Tabela dos grupos
Bibliografia