terça-feira, 22 de junho de 2021

Da paneleira à bonequeira: vida econômica, espaço doméstico e técnica da cerâmica em transformação no Jequitinhonha

 

Comunidades rurais caboclas conquistaram enormes extensões de terra no Brasil, preservando-se em algumas regiões, extinguindo-se em outras, seja em decorrência do avanço da grande economia envolvente, seja em virtude de dinâmicas internas. De certo, na constituição da técnica da cerâmica mais rudimentar existe um longo caminho de conhecimento inteligente e um conhecimento em transformação, na atualidade, em face dos novos desafios da arte figurativa. As comunidades de camponeses-ceramistas do vale do Jequitinhonha [Minas Gerais] sofrem com o progressivo abandono dos fogões a lenha e do vasilhame de barro, e sua gradual substituição, na cozinha sertaneja, por fôrmas, baixelas, panelas e fogões em metal, o que enseja a falência do ofício tradicional das paneleiras como também das bonequeiras da região, ou, quando não, sua transformação, concomitante à dos objetos que produz. É o que se pretende discutir neste Artigo.


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