Retrato de Mário de Andrade por Lasar Segall (1927)
Também temos a
nossa função social e haveremos de cumprila, quaisquer que hajam de ser os
espinhos da estrada. Silvio Romero, Folclore Brasileiro: Cantos Populares no
Brasil, 1985, p. 317)
Nós temos que dar ao Brasil o que ele ainda não tem e que
por isso ainda não viveu, nós temos que dar uma alma ao Brasil e para isso todo
sacrifício é grandioso, é sublime. Mário de Andrade, Cartas a Manuel
Bandeira,1988, p. 234)
Como podemos
apreender em Mário de Andrade uma visão homogênea sobre a cultura brasileira? Para
tal exercício, acreditamos ser fundamental uma análise da cultura popular em si
e de como ela surge no debate intelectual europeu e brasileiro. Deste modo,
faz-se necessária a análise do contexto intelectual dos anos 20 e 30, de outros
autores como Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre, os quais consolidaram
certas visões sobre a cultura brasileira, influenciadas ou mesmo influenciando
direta ou indiretamente a visão do autor sobre a cultura. Mapeamos também
outras fontes como as vanguardas européias e a concepção de cultura de Silvio
Romero, com a qual tais intelectuais do início do século XX tiveram que
dialogar como uma das principais heranças do pensamento social do século XIX,
não podendo a ela se furtar, apesar do desejo de ruptura. Também buscamos
mostrar como a concepção de cultura de Mário remete à construção do conceito
tal como o do romantismo alemão do fim do século XVIII acerca da cultura, e
também como este conceito se move na sua produção artística sob forma
carnavalizada.
Para acessar a dissertação na íntegra:
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/98967/daufenback_v_me_arafcl.pdf;jsessionid=D830CA01C3E296AF97689AE850448CF0?sequence=1
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